quarta-feira, 24 de março de 2010

O Evangelho do Mau Gosto


Devo antes de mais pedir desculpa ao leitor por lhe dar a notícia assim de chofre, sem fazer uso de um único eufemismo recalcitrante a terminar em reticências que seja, mas nestas coisas não há verdadeiramente como amenizar a notícia. Limito-me, por isso, a cumprir o doloroso dever que sobre mim impende de comunicá-la.

Saiba-se, então, que a imagem acima não é uma montagem. Confirma-se mesmo o falecimento de Tareco. Não mais jubilará este terno detentor de amplos bigodes na sala que outrora fora o seu domínio, fazendo o gosto à unha no sofá onde passava pelas brasas à tardinha. Não mais se assanhará contra os condóminos humanos do seu apartamento, os quais, desejando também por vezes cacholar no sofá no seguimento de um opíparo repasto ao sábado, para cima dele se atiravam sem querer. Não mais se vingará no almoço familiar do dia seguinte, saltando para cima da mesa e peidando-se na comida, empestando a atmosfera circundante dos comensais com um odor semelhante ao que se esperaria encontrar na vizinhança de uma posta de pescada na qual alguém tivesse recentemente cagado em abundância. Em consequência, também não mais cruzará aerodinamicamente a atmosfera da sala, propulsionado por um sapato recheado de ossos apontado à velha cicatriz que marcava o sítio onde nos tempos idos da sua curta juventude estivera o seu ainda mais curto piço, aterrando pouco depois no acolhedor sofá de sempre, onde o lume ardente do desejo de vingança se acalmava então um pouco no seu felpudo peito até apenas restar o rubor constante de umas brasas, pelas quais de seguida passava. Nada disto se repetirá, pois Tareco já mia em pastagens mais verdes. Foi bicho fiel. Foi animal estimado. Mas acima de tudo, foi rafeiro.

Claro, não pode deixar de ser notado que Tareco já está sindicalizado na indústria do tijolo há 14 anos e uns meses, e por isso não é segredo nenhum que se estou aqui a escrever sobre ele não será de certeza para comunicar pêsames ou dar informações sobre a data e local das exéquias. Não, o meu propósito é outro bem mais elevado. Encontro-me aqui hoje exclusivamente com o intuito de devolver Tareco, até aqui mero desconhecido bichano, ao justo lugar que deverá ocupar na História doravante: o de conhecido bichano. Com um pouco de paciência e pouco barulho, prometo que tudo o que digo se tornará transparente muito em breve. Atentai ao que se segue.

A explicação do que está aqui em causa exige uma pequena crónica preambular de certo acontecimento peculiar que vivi no cálido fim da tarde de 30 de Agosto de 2008. Estava de férias nessa altura. Mais concretamente, estava no final da minha visita anual ao Jardim Zoológico de Lisboa, já a caminho da saída. E estava bem disposto. A visita tinha superado em muito outras de anos anteriores. Ainda apanhei os tigres, os leões, os saguis, e um casal de pássaros de uma espécie insectívora sul-americana qualquer a foder (todos à canzana, ainda por cima). No cômputo geral, saldo positivo. Mesmo assim continuou aquém do melhor de sempre. Em 2004 vi menos bichos a aviar berlaitada selvagem, é certo, mas como um deles era eu há que acrescentar uma generosa bonificação à classificação final, que ainda hoje lhe faz merecer o lugar cimeiro do pódio. Enfim, adiante. Estava eu a manjar os últimos amendoins do pacotinho caro para caralho, filhos da puta, que vinha quase só com cascas, a caminho da saída, quando dou por mim a passar por aquele mítico local que é de longe o mais intrigante em toda a terra de Sete Rios: o cemitério da bicharada doméstica, ao lado da jaula dos ursos, que nesse ano pareciam estar em vias de agraciar o visitante com uma boa foda mas que depois se ficaram apenas por arrear o calhau, o que também não é mau de ver.

Já desde puto que aquele vale cheio de curiosas campas me alcovitava o interesse mas admito que por ser um sítio dos mais inóspitos que há em termos de cona boa, nunca lhe dei muita importância. Ora, o ano de 2008 marca a diferença porque, pela primeira vez, parei, olhei, e meditei. O observador pouco perspicaz que ignorasse estar diante de um cemitério de animais domésticos decerto seria enganado pelas inscrições nas lápides. Os nomes esquisitos dos defuntos e a frequência dos epitáfios em que se lia “saudade eterna dos donos” facilmente dariam azo a crer que se tratava de um antigo cemitério de pretos. Porém, o erro dissipar-se-ia logo que o olhar recaísse sobre a campa que se vê na imagem acima reproduzida. A última morada de Tareco. E assim aconteceu comigo.

Recordo com vividez a estranha sucessão de pensamentos que me atravessou naquele tragicómico momento. Melhor dizendo, a espécie de bloqueio mental que experimentei, sem igual em toda a minha vida pretérita. Por um lado, aquilo era um túmulo. Havia ali sem dúvida algo de ominoso, como é próprio de todo o jazigo. Algo que convidava à reflexão melancólica e ao piedoso silêncio de respeito imposto pela gravidade metafísica daquela impressão da morte e do destino cunhada em pedra. Sem distinção de qualquer outro túmulo, era um memento mori que me depunha ante a minha própria finitude enquanto animal não menos mortal que qualquer um dos ex-pulgosos e carracentos que serviam agora de lanche a uma classe inteiramente diferente de parasitas, logo abaixo da terra que adubavam.

E no entanto… era o Tareco. O Tareco estava a ser ominoso, tão fofo. Como era possível que não estivesse a partir-me a rir? Os lábios moviam-se, a gargalhada queria sair mas fazia-o apenas a custo e em rasgos intermitentes, como soluços. Não conseguia perceber o que se estava a passar. A situação era, para mim, de todo em todo inédita. Teria de investigar. Contudo, já não teria tempo de fazê-lo ali. Saquei do telemóvel, tirei uma fotografia para mais tarde observar em filosófica contemplação e fui-me embora.

Mas quis o destino que eu entretanto trocasse de telemóvel, visto que aquele era uma bela merda, e assim Tareco acabou por ficar perdido na memória de uma relíquia tecnológica e esquecido da minha. Isto até à semana passada. É que o destino quis também que eu partisse todos os telemóveis que tenho. Quando corro para o comboio, é frequente o meu barrote entesado procurar a cada passada enveredar por sítios estranhos dentro das calças de modo a evitar explodir com a pressão nas veias. Como invariavelmente isto resulta na expulsão à cabeçada do conteúdo dos meus bolsos e respectivo espatifamento no chão, ando sempre a trocar de telemóvel. Até que na semana passada o dia chegou em que mais um se partiu e tive de retornar ao uso do antigo para desenrascar. E eis que num momento de saudosa pesquisa nos ficheiros guardados, entre várias imagens de cus e mamas de gajas às compras, me deparo com a sepultura de Tareco. Somente então, tanto tempo depois, percebi o que significou deveras a morte deste animal.

Sem mais delongas, permitam-me que transmita a revelação: meus caros, se, tal como eu, sempre quiseram saber onde acaba o bom gosto e começa o mau, que cessem de imediato todas as vossas dúvidas. A linha passa exactamente pela tumba do Tareco. Sim, hoje sei por que motivo não consegui partir-me a rir naquele fatídico dia no zoo. Espanta-me apenas que não o tenha compreendido logo. Só o meu subconsciente reconheceu a importância daquela descoberta, obrigando-me a fotografá-la. No Jardim Zoológico, à vista de todos, está nada menos que o elo perdido entre o bom e o mau gosto.

É verdade que, de certo modo, é de bom gosto enterrar o bichano fiel de tantos anos, que tanta alegria deu à família toda. Mostra sensibilidade e é, no sentido mais nobre do termo, humano. Por outro lado, fazer um funeral a um gato ainda por cima chamado Tareco é coisa tão absolutamente ridícula e paneleira que é impossível decidir-se o que pensar ou fazer defronte da sua campa em tamanho A4. Diante da pedra lapidar de Tareco, pergunto eu, qual o procedimento correcto? Rir ou chorar? Seguir em frente ou parar? Apontar com o dedo e chamar outros para verem também ou baixar a cabeça e observar um minuto de silêncio? E isto não são dúvidas que só a mim afligem, meus caros, não se enganem. Toda a gente que por ali passa se põe a olhar de lado à espera de perceber pela reacção dos outros o que fazer. O resultado global é o de uma colecção diária de tansos a entreolharem-se com caras de parvo em completa confusão, todos experimentando aquela peculiar sensação da vontade de rir e o sentimento de culpa que marca o início do mau gosto. Não tendo propensão espiritual para filosofar, claro está, nada mais lhes resta fazer nessa altura senão seguirem até à barraquinha das fotografias e comprarem as fotos com as figuras de otário que fizeram ao pé das lontras no delfinário - ou vice-versa, nem sei -, pois aí tudo é simples e não há dúvidas nenhumas. O delfinário é mesmo só ridículo e paneleiro.

Mas como não podia deixar de ser, o velho Príapo pensou seriamente no assunto, e vai daí anuncio-vos hoje a boa nova associada à anterior descoberta, qual evangelista do animal doméstico. Saiba-se em todo o mundo que Tareco morreu por nós, para expiar o pecado que comete quem se ri das piadas de mau gosto. Tal foi o sacrifício que fez este aparentemente vulgar felis silvestris domesticus, pelo qual todos lhe estamos em eterna dívida. A sua tumba não marca só o horizonte do bom gosto, a partir do qual começa a piada de mau gosto. É também o solo sagrado até onde deverão peregrinar todos aqueles que já espreitaram, por assim dizer, para lá desse horizonte, e que gostaram do que viram.

Todos os apreciadores do mau gosto devem algo a este singular bichano. Ora, como fica provado pelo facto de estar a ler isto que o leitor se inclui nesse número, também tem obrigação de respeitar e honrar a memória de Tareco, pois morreu por si tanto quanto por mim. Aliás, para ser perfeitamente honesto, devo dizer que o sentimento que me invadiu nesse dia ante o túmulo de Tareco culminou, a longo prazo, na criação deste blog. E como se eu não o tivesse criado o leitor não seria leitor, poderia estar neste momento a passear algures pelas ruas da amargura, amofinado, onde acabaria por morrer atropelado por uma velha bêbeda. Por isso, mais do que por tudo o resto, o leitor deve respeito ao referido felino. Tareco está neste preciso momento a salvar-lhe a vida.

Dito isto, proponho que no dia 18 de Dezembro se celebre o Dia Mundial do Mau Gosto, a coincidir com a data do falecimento de Tareco, cuja vida e obra serão um dia matéria obrigatória a leccionar nas escolas primárias de todo o planeta. Teses de doutoramento se escreverão sobre Tareco e o seu túmulo receberá milhares de visitas por ano, se os preços do Jardim Zoológico entretanto deixarem de ser a roubalheira que hoje são, gatunos filhos da puta que não têm outro nome. Isto profetizo eu.

Não me alongo mais, a minha missão está cumprida. Peço apenas a todos os que lerem isto em particular e a todos os que alguma vez se riram de uma piada de mau gosto em geral que se lembrem de Tareco, graças ao qual estão desculpados por o terem feito. E se um dia destes o leitor der por si a transitar pelo Jardim Zoológico, que baixe o olhar sobre este singelo túmulo à beira-passeio plantado, a seguir aos ursos, antes da saída. Encontrará aí o sagrado local do eterno repouso de Tareco, nosso misterioso Salvador, perante o qual ninguém sabe muito bem o que fazer.

Não quero com isto dizer que deverão depor flores na sua laje, claro. Isso seria humanizá-lo e nenhum humano, precisamente por sê-lo, poderia fazer o sacrifício que Tareco fez por nós. Mas seria honroso e de bom tom deixar lá, pelo menos, um coentro.

segunda-feira, 1 de março de 2010

Priaprisma Fodosófico: 2

Metodologia para determinar que gajas estão a pedi-las

(A lição de hoje é longa e dura, tal como o meu caralho, mas vale a pena, tal como o meu caralho)

Estão atrasados, caralho. Sentadinhos e pouco barulho. Até me fazem falar mal.

Eis-nos chegados ao segundo número do precocemente clássico Priaprisma Fodosófico. Agora é que vai ser a doer, esta merda. Portanto, blocos de notas e canetas para fora. Nada de escrever os apontamentos na mão que isso depois desbota durante a punheta suada e depois para ler é, literalmente, uma gaita.

Decerto que a recordação da metodologia a seguir na nossa progressão pedagógica estará ainda tão fresca na memória do diligente leitor discente quanto o pingo na parte da frente da cuequinha preferida da Pucca depois da sua última queca na fiel pachacha de cinco dedos, mas como a seguir ao fresco vem o peganhento o melhor é mesmo reiterar, não vá o Diabo batê-las. Se bem se lembram, foi unilateralmente acordado no primeiro número desta rubrica que partiremos do conhecimento mais geral em direcção ao particular, até àquele bíblico momento final em que o leitor rasgará a batina de punheteiro noviço e se erguerá triunfante, todo nu em público, bradando de peito inchado aos sete ventos, de cu fechado em cueca com sete selos: "calai-vos, paneleiragem, temei e tremei, pois eu sou Fodósofo. Que ninguém ouse cruzar meu caminho, ou incorrerá no castigo de chegar a casa e ver sua mãe chupando-me o urubu na sala, de avental, enquanto a sopa está a fazer".

A primeira parte deste heróico empreendimento foi levada a bom porto no mês passado. O Priaprisma debitou já uma luzinha de conhecimento fodosófico que, por modesta que seja, bem melhor é que o abichanado arco-íris que era antes da sua cromática conversão. A sabedoria obtida foi, relembro, esta: a foda encontra-se a meio caminho entre a ciência e a arte. Ora então, o tema que se segue na nossa progressão descendente – após a apresentação do qual o leitor ver-se-á renascido como filho bastardo de uma orgia de neurónios em que vai ser só esbodegar sinapse e enrabar dendrito até escorrer neurotransmissor das paredes cranianas –, será o do vetusto conceito de “estar a pedi-las”, de que toda a gente fala mas que ninguém parece compreender realmente.

Trataremos, portanto, de identificar e circunscrever o âmbito das gajas que estão efectivamente a pedi-las. Uma gaja que está a pedi-las é, em poucas palavras, uma gaja que está mesmo no ponto para ser fodida. Isto julgo que todos sabemos. Porquê então falar nisto? Porque, sua besta, se o Priaprisma Fodosófico pretende veicular sabedoria sobre a foda, há primeiro que identificar as gajas às quais essa sabedoria poderá potencialmente aplicar-se. Dizer "pó caralho com a conversa de merda, a pedi-las 'tão essas putas todas", nasalando uma junga de patê de serôdio enquanto o mindinho tapa a narina menos congestionada como que para dar ênfase à noção veiculada é bonito e fica sempre bem, mas está errado. A piça não é nenhum bouquet que se atire assim ao ar ao calhas a ver quem será a próxima gaja a encavar. Alguns motivos para que assim seja são auto-evidentes. Meninas muito novinhas, por exemplo, ainda que rebitesas, não são alvos potenciais para a pichotada por não estarem física nem psicologicamente preparadas para aguentar o choque traumático que uma bela violação acarreta, uma vez que o barrote entesado ocupado a escachar pipi de primeiro ciclo empurra o diafragma para cima e pode causar soluços à pita, o que posteriormente lhe impossibilitará a leitura em condições das legendas do High School Musical e criará grandes dificuldades em acompanhar o desenvolvimento do enredo.

Já no caso das velhas, somos nós quem não está preparado para o choque traumático. Por muito ensaraivado que um gajo esteja nenhuma velha, nunca, em qualquer circunstância, está a pedi-las. Há limites mínimos de qualidade de pachacha dos quais o homem nunca deverá ficar aquém, pois por muito que a idosa se pinte e faça permanentes, nada poderá fazer no sentido de dar à sua vagina um aspecto que menos se assemelhe às pálpebras de um rinoceronte.

Mas que dizer das regiões de fronteira difusa? Até que ponto é possível demarcá-las objectivamente, e segundo que critérios conológicos? Em termos menos abstractos, quando é que uma menina se torna gaja de pleno direito (i.e. passa a estar a pedi-las)? Sim, que a pita começa a pedi-las muito antes de poder sufragar. Muitos casos há em que acabadas de aprender a tabuada estão já prontas a aprender a pranchada. Isto também toda a gente sabe, obviamente... mas quando se dá a viragem? E no extremo oposto, em que ponto etário exacto termina o escalão da matrona que está a pedi-las e começa o da velha que já nem a pagá-las devia voltar a sentir o gosto à foda? Em suma, quais são e onde se encontram os Barrancos e Olivenças do chavascal? Estas sim, são questões complicadas que merecem a devida apreciação fodosófica. Assim sendo, consideremo-las, sem que no entanto sobre elas nos debrucemos, uma vez que não existem ambiguidades quanto ao facto de que quem está de cu para o ar está a pedi-las.

A tematização inaugural do problema das gajas que estão a pedi-las remonta à Antiguidade Pré-Clássica - mais especificamente, ao final do período Pré-Dinástico do Antigo Egipto. É do conhecimento comum que o ritual fúnebre egípcio envolvia o processo de mumificação do cadáver, necessário a assegurar a imortalidade do defunto depois da morte terrena. O que poucos sabem é a importância dada pelos egípcios à mamificação - o processo de desenvolvimento das glândulas mamárias cujo início marcava o dealbar da idade em que a moça passava a estar a pedi-las. Sabemos que era esta a crença egípcia através do único fragmento que foi possível rescuperar (ainda que com algumas lacunas) de um vasto manuscrito em papiro cujo original tinha as páginas todas coladas: “Quando, pelo poder de Horus, o planalto do mamilo se tornar incipiente pirâmide, a jovem rapariga, seja provinciana ou filha de deuses, encontrar-se-á em estado de quem está a pedi-las. Na alvorada desse acontecimento, para glória de Amun-Ra, o sacerdote deverá realizar o ritual de passagem, após o qual a moça será mulher, enfiando bem fundo o seu [lacuna] toda assada, sendo também aconselhável que [lacuna] usando manteiga de cabra se necessário”.

A importância central de Horus no panteão egípcio advém precisamente do facto de ser a divindade considerada responsável pela mamificação. Veja-se a sua imagem. A significação da cabeça de pássaro ainda é muito debatida. Uns dizem que simboliza a pássara. Outros, que representa o bico iniciático executado pela jovem, durante o qual, como o pardal na seara, prova da semente pela primeira vez. Mas independentemente do debate a respeito desse pormenor, é consensual que o seu chapéu é um garrafão de esporra. O grande “T” que leva na mão esquerda simboliza claramente Tesão, e na sua mão direita carrega o postezinho com o qual media a altura e a largura da jovem para depois, através de um misterioso cálculo, determinar o tamanho das tetas que lhe daria. O próprio nome – Horus – tinha origem no facto de ser o deus que indicava quando é que já eram horus de começar a foder.

Os Gregos e os Romanos teriam muito de interesse a dizer-nos a este respeito mas vou saltar já para o século XVIII senão nunca mais saio daqui. O protagonista da revolução na história do estar a pedi-las de que esse século foi palco foi, sem grandes surpresas, Benjamin Franklin. Franklin interessava-se por invenções quase tanto quanto por gajas só que, como tantos outros, não sabia determinar exactamente quando é que principiavam a estar a pedi-las. Talvez inspirado no suposto “cálculo” que Horus efectuava antes de atribuir as tetinhas à puta de amanhã, decidiu transcender a superstição primitiva e dedicar os seus esforços criativos a desenvolver um engenho capaz de determinar com certeza matemática se uma dada jovem estava, de facto, a pedi-las. Apesar de não ter sido fácil a coisa correu bem e, ao fim de meses de trabalho o primeiro pedi-lómetro do mundo estava pronto.

O funcionamento do pedi-lómetro era tão simples quanto genial: bastava enfiá-lo cona adentro da pita-alvo e quase de imediato saia um papelinho do outro lado a dizer se ela estava a pedi-las ou não (do outro lado do pedi-lómetro, não da pita). Faltava apenas uma coisa para que Franklin pudesse divulgar a notícia da sua invenção: testá-lo. Não tendo grande escolha, decidiu pedir ajuda à sua própria mulher. Sabia que se desse resultado negativo era porque funcionava, a gorda nunca tivera um momento na vida em que tivesse estado a pedi-las. E assim foi - a badocha deu em cobaia e a experiência foi realizada. Mas nunca se chegou a saber se a engenhoca funcionava ou não.

É que o bom do Franklin inventou aquilo antes de descobrir as potencialidades da electricidade e por isso o pedi-lómetro trabalhava a carvão. Ora, como não podia deixar de ser, quando se ligava, aquela merda tremia mais que um carrinho do Continente a andar no passeio. Resultado: assim que entrou na senaita da gorda ela já não quis que saísse, e corria a pontapé qualquer um que se aproximasse com medo que viesse para tirá-lo (inventor incluído). A partir daí o Ben teve que desistir da ideia e dedicar-se a outros projectos. Não por vontade sua, mas da gorda. A pedido dela – ou melhor, sob ameaça de nunca mais lhe chuchar a picha na vida –, foi forçado a trabalhar numa coisa do género do pedi-lómetro mas que se limitasse a tremer, sem deitar papelinhos e que não funcionasse a carvão, visto que lhe deixava o bordedo todo a cheirar a sardinha assada. Vai daí, lá teve de descobrir a electricidade o que, entre algumas outras coisas, serviu para inventar o vibrador. Ainda hoje é debatido se a gorda morreu da doença de Parkinson ou se um dia com o entusiasmo perdeu a invenção do marido algures entre as adiposas pregas conais e preferiu enfrentar a morte ao embaraço de revelar a verdade. Nunca saberemos. Seja como for, reza a lenda que na missa no seu funeral tinham de parar tudo de cinco em cinco minutos para voltar a pôr o caixão no sítio.

De certo modo a invenção continua a funcionar ainda hoje como pedi-lómetro, repare-se. Qualquer gaja que use vibrador está claramente a pedi-las. Mas não é bem o mesmo. Daí ter sido tão importante a descoberta nos diários de Benjamin Franklin da fórmula que o pedi-lómetro efectuava quando enfiado na pachacha da gaja – e a sua surpreendente simplicidade permitirá ao leitor efectuar o cálculo por si próprio. Ora aí vai ela:

(a + b) / (c x d) = p

"a" – altura da jovem em centímetros

"b" – peso da jovem em quilogramas

"c"– grau de escolaridade da jovem (8 corresponde ao 8º ano, 10 ao 10º, etc., até ao máximo de 12º, a partir do qual toda a gaja está legalmente a pedi-las)

"d" – número estimado de vezes que as mamas da jovem abanariam para cima e para baixo depois de saltar de um degrau cuja altura correspondesse ao dobro do tamanho da piça de quem faz o cálculo

"p" – resultado (em putencial).

O putencial da moça corresponde ao seu potencial de puta, isto é, o ponto até ao qual está a pedi-las. Se "p" for igual ou superior a 10, foder a gaja será pedofilia e, logo, o leitor que ignore este facto arrisca-se a ir parar à cadeia sem ter desculpa, onde estará a pedi-las. Nestes casos, evite foder. Bata antes uma sarapitolinha. É, aliás, daí que vem o significado matemático do número 10 na equação, sendo o número de dedos de ambas as mãos do masturbador audaz e ambidextro que não teme a punheta em contra-mão. Agora, se o resultado for inferior a 10, que o estupro não lhe pese na consciência pois a puta está a pedi-las.

Importa clarificar apenas alguns potenciais focos de confusão. Em primeiro lugar, a importância da escolaridade da gaja (variável "c") no cálculo. Advém esta do facto de permitir excluir pitas da pré-primária, atrasadas mentais e, especialmente, ciganas. As ciganas nunca vão à escola e casam pouco depois de começarem a andar, o que acontece pouco depois de começarem a roubar. Fodes uma e arriscas-te a que o marido entre todo encardido pela caravana adentro, te enfie uma ponta-e-mola na peida e te saque o telemóvel antes de teres tempo sequer de desentalar o marro da lela.

E segundo, a influência do tamanho da piça no cálculo tem a ver com o facto de que se tiveres uma de tal modo pequena que as mamas da gaja nem abanem depois do salto da variável “d” (de uma altura correspondente ao dobro do comprimento do caralho, já para dar uma certa abébia), não precisas de calcular nada porque ou tens a idade da gaja, e então podes foder para aí à vontade, ou és asiático, e nesse caso não percebes nada do que estou para aqui a dizer. Nota: em casos como o meu pode imaginar-se que a pita salta para um colchão, de modo a evitar que parta uma perna.

E como fazer o mesmo cálculo para o extremo oposto, isto é, como distinguir a cota madura da velha podre cheia de bicho? Ao contrário do caso anterior, a resposta à questão não é matemática e sim linguística.

Regra geral, se a gaja te tratar por “filho” ou “menino” é porque é uma puta de uma velha ressabiada a ver se tira a narsa de misérias. Não alinhes nessa merda que fodosofia não é paleontologia. Agora, se a gaja não empregar semelhante terminologia e até tiver um rabo que não se assemelhe muito a requeijão, existe um mecanismo quase infalível na detecção da sopeira ambígua: o nome. Gaja que tenha nome de velha geralmente é velha. Assim sendo, desconfia dos nomes com três sílabas ou mais (Conceições, Gervásias, Ermelindas, Gertrudes, Patrocínias), afasta-te de gajas cujo nome indique a sua proveniência (Maria do Céu, Maria do Carmo) – bem como de combinações entre ambos os casos anteriores (Maria da Conceição) –, e foge pela vida de todas cujo nome termine em “ete” (Graciete, Odete, e o caralho a sete). Se aplicares estes princípios básicos dificilmente darás por ti a foder rata bisavó. Porque no que à cona diz respeito, a regra é inversa à dos telemóveis: a partir da 3ª geração, é uma velharia do caralho.

Aqui termina a lição. Rejubilemos, pois neste dia mais um fio de sabedoria fodosófico emergiu do Priaprisma. Não serei eu a pô-lo em palavras; antes citarei as do próprio Benjamin Franklin: "o connoisseur é o que sabe quando a cona a sério nasce e quando se torna conossauro". E agora, também o leitor sabe.

TPC:

1) Efectue o cálculo acima referido para três primas à sua escolha que se encontrem em idade ambígua. Se o resultado determinar que ainda não estão a pedi-las, bata um pouco à punheta. Se estiverem, dê-lhas.

2) Efectue o teste linguístico para três vizinhas na menopausa.

Foda-se, distraí-me com as horus. Tenho a minha sobrinha à espera.

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

Interrupção Voluntária da Estupidez

Pára tudo.

Celebra-se hoje o 20º post d’ O Filósofo Priapista. Este facto, aliado ao de caminharmos a passos largos para a visita número 2000 ao blog, pareceu-me fazer deste um momento de singular solenidade, propício à reflexão, pelo que hoje o assunto que aqui me traz não é estritamente filosófico como de costume. Hoje o assunto são vocês.

Desde que arranquei com isto que tenho recebido críticas mistas e, na generalidade dos casos, extremas, para o melhor ou o pior. Há gente que gosta, é um facto - o que não é de espantar quando consideramos que até há quem goste de levar na bilha -, mas a grande maioria dos livre-pensadores que me escreveram até agora fizeram-no com o objectivo de me darem a conhecer o facto de que sou, ao contrário do que se possa pensar, um desgraçado. Alguns puritanos ficaram mesmo de tal modo enfurecidos com o que leram aqui que perderam as estribeiras e quase desceram ao meu nível, acusando-me de ser um autêntico sacripanta que precisava era de lavar com sabão os dedos que uso para escrever estas barbaridades pretensamente filosóficas, como sempre faço depois de enfiá-los na ratola grisalha das suas mãezinhas, dando assim a conhecer às simpáticas senhoras o que é que Platão queria dizer exactamente quando falava na Alegria da Caverna. Seja como for desconfio que tanto no primeiro caso como no segundo, seria preciso muito mais do que sabão para me fazer sair o mau gosto das mãos.

O post anterior a este, por exemplo, tornou-me alvo de furiosas críticas por parte de vários seguidores fervorosos da saga Crepúsculo. Em abono da verdade, diga-se que isso só aconteceu porque me pus a expor doutrina directamente no maior site de fãs desta série em Portugal, mas isso é irrelevante para o caso. Como não podia deixar de ser, alguns clicaram no meu nome e foram encaminhados aqui para o blog, onde deram de caras com o post. Um jovem acusou-me de ser o indivíduo mais mal formado que alguma vez “conheceu”. Outro – um gajo que até era crítico da saga – usou-me em seu proveito, dizendo a todos no site que se achavam as suas críticas despropositadas deviam ler a minha, que descreveu como “estupidez dita por dizer”. Uma rapariga (essa deu-me pena) disse que não conseguiu acabar de ler porque começou a ficar mal-disposta. Esta sequência de comentários acabou por ser apagada do site e é bem possível que me tenham posto uma maldição em cima, pois aqueles à minha volta que mais amo têm desde esse dia sofrido horríveis perdas de colheitas no Farmville.

Pode pensar-se que não mas isto deu-me que pensar. Para já, fiquei verdadeiramente incomodado por descobrir que existem fãs masculinos do Crepúsculo. Não sabia. É tanto mais espantoso quanto os livros da saga têm a peculiar característica de serem dos poucos objectos no mundo cuja compra constitui acto mais paneleiro do que enfiá-los no cu. Quanto às críticas que me foram dirigidas, também me deram que pensar. E foi assim que ontem, após o chá das cinco com a minha tia e o leite das seis com a minha prima, cheguei a uma conclusão: têm todos razão.

Por esse motivo, existe agora uma outra paragem virtual para onde poderão ir se optarem pela via da interrupção voluntária da (minha) estupidez. Aí, se o desejarem, terão a possibilidade de expressar a vossa opinião negativa sobre as bardajices que aqui se têm escrito - e que nada indica que vão parar de ser escritas -, de modo totalmente livre, sem qualquer tipo de moderação ou censura.

Detractores, críticos, diáconos e diáconas, usem e abusem desse espaço. Foi criado só para vós. Para lá vos envio do fundo do coração.

É só clicar aqui.

terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

Vampiros vs Lobisomens: venha o caralho e escolha


Há uma questão que me inquieta desde o arranque desta interminável procissão de filmes e livros sobre a milenar divergência de opiniões entre vampiros e lobisomens que, não obstante a sua pertinência, tem sido sistematicamente descurada tanto por fãs quanto por detractores deste que será sem dúvida lembrado como um dos mais marcantes fenómenos da cultura pop do século XXI: a de qual das sanguinárias criaturas é a mais paneleira.

“E que é que essa merda interessa?”, indagará o esferográfico leitor com uma caneta Bic enfiada na peida, em busca de inspiração enquanto escreve promessas de fidelidade eterna ao namorado ucraniano recentemente deportado, esforçando-se por encontrar uma palavra que ao mesmo tempo rime com “broche” e não lhe foda a métrica toda ao verso. Até é bem perguntado, há que dizê-lo. Muitas outras questões de interesse orbitam este assunto. Por exemplo, existirá alguma razão válida para que licantropos e hematófagos não possam ser bons amigos? Ou odiar-se-ão simplesmente porque sim, que nem duas famílias vizinhas de bimbos do interior nortenho que se matam há gerações porque quem tiver aquele último nome é tudo uma cambada de filhos da puta? E em qualquer desses casos, seria possível negociar-se o armistício mediante a intervenção diplomática de um ser que, não sendo lobisomem nem vampiro, partilhasse características de ambos? Alguém como a espanhola Duquesa de Alba, a única mulher até hoje a conseguir que a minha piça se encolhesse tanto de horror que se tivesse continuado a crescer para dentro me teria desenrabado?

Sou menino para admitir que são questões dignas de ocupar o espírito filosoficamente predisposto, sim, mas ao invés destas e de outras que tais, a resposta à primeira que coloquei pode vir a revestir-se de grande utilidade prática e por isso deve ter precedência. Permitam-me uma gedankexperiment ilustrativa do motivo por que assim é. Imagine-se o leitor acabado de ser raptado por um pérfido mestre do crime que lhe diz o seguinte: “Ah, insuportável leitor, ei-lo finalmente sob o meu controlo. E, na medida em que sou malvado, colocá-lo-ei numa situação em que preferiria não estar. Preste atenção, pois irei fazer-lhe uma pergunta algo capciosa. Se responder, limitar-me-ei a enfiar-lhe um balázio no meio dos olhos. Caso se recuse a fazê-lo, serei forçado a arrancar-lhe o escroto e a usá-lo como preservativo enquanto lhe fodo o buraco da pichota, de modo a que quando me vier a minha meitadela não esguiche através do seu saco roto e me estrague o tapete de genuína pele cona de andorinha. Ora então, a pergunta é a seguinte: muito honestamente, prefere lobisomens ou vampiros?”

Para os presentes efeitos, façamos de conta que o leitor estava impossibilitado de se armar em MacGyver com a caneta Bic armazenada no cu e que não tinha hipótese de fuga. Obviamente, o seu pensamento em tal situação poderia ser apenas um: “Diabos… se ao menos tivesse pensado neste assunto atempadamente, dando-lhe a devida atenção como o Príapo me incentivou a fazer algumas linhas acima, estaria em condições de responder sem medo de escolher a criatura mais paneleira por engano. Em suma, morreria mas teria a certeza de que morreria à homem. Agora, para não correr riscos, terei de ser fodido na picha com a pele dos meus próprios colhões. Tinhas razão, Príapo… perdoa…”. Pois é, agora já pedes desculpa não é, seu cabrão?

Bom, tendo o leitor amochado depois desta, continuemos. A questão não é tão simples como parece à partida. Ambas as criaturas dispõem de poderosos argumentos a favor da sua paneleirice. Haverá talvez um compreensível impulso no sentido de se atribuir prima facie o vibrador de ouro ao vampiro, uma vez que o lobisomem é um monstro peludo e ter pêlo no monstro é d’homem. Contudo, não nos podemos esquecer de que o lobisomem, por definição, anda sempre à canzana, e que por isso está a todo o momento sujeito a ser enrabado. Por outro lado, o vampiro é detentor de um poder de chavascal tão para lá do alcance do comum heterossexual que é questionável se seremos sequer capazes de imaginá-lo. Refiro-me, como é óbvio, ao poder de executar minetes a gajas com o período. A mesma cona pingona em que até o mais másculo devorador de picanha mal-passada se recusaria a meter a boca seria, para o guloso vampiro, mais do que algo a lamber, um petisquinho do lóbulo da orelha, merecedor no final de uma sugadela no tampão como quem tira a chicha do último pescocinho de galinha no prato. Portanto, o que lobisomem tem de monstruoso o vampiro compensa largamente em menstruoso. É coisa que não pode deixar de lhe valer alguns pontos.

Mas aí é que está, para o vampiro tanto lhe faz chupar senaita como gaita. O que interessa é que venha com sangue. Como, regra geral, quem come salsicha com ketchup não se queixa que venha também com maionese, o vampiro não será excepção e, portanto, gosta de chupá-las sim senhor, e bem gordas. E assim se foram os pontos todos do vampiro pelo cano do cu abaixo.

Agora, visto que nestas coisas de decidir quem é mais homem o tipo de pele é sempre um bom indicativo, analisemos este factor. No caso do lobisomem não há muito a dizer. Temos aqui um homem que se barbeia de fresco pela matina e à noite já está coberto por uma camada de farfalheira digna de pachacha angolana. O vampiro, esse, não só não faz a barba como nem apanhar solzinho pode senão, ui ui, o mal que aquilo lhe faz à cútis. Cá temos outra vez o vampiro a subir disparado na escala da paneleiragem.

Nota: Nas considerações cutâneas acima tecidas ignorei propositadamente todos os livros e filmes do Crepúsculo, a saga sobre vampiros e lobisomens aplaudida um pouco por todo o mundo com as mãos dentro do cu de quem dela é apreciador. Quando a história em questão envolve lobisomens depilados e vampiros que sob a luz solar ficam cobertos de purpurina em vez de morrerem, a discussão sobre quem é mais paneleiro torna-se despicienda.

Voltando ao assunto, desengane-se o leitor convencido de que o lobisomem vai neste momento com grande vantagem sobre o vampiro em termos de quem é mais macho. Não esqueçamos que o lobisomem não tem qualquer tipo de pudores em subir ao alto de um morro a meio da noite e anunciar “há cuuuuuuuuuuuuu” a quem quer que esteja naquele momento a passear pela mata. Repito, não é tão fácil como parece à partida decidir quem é mais bichona.

Muito bem, após devidamente quantificada toda a informação (pouparei ao leitor os difíceis cálculos das variáveis em questão, uma vez que exigem conhecimentos de Métodos Quantitativos ao nível do 10º ano), eis os resultados obtidos apresentados aqui em histograma. Para fins de referência, considere-se que o "0" corresponde a mim e o "100" ao leitor depois de uns shots. Verifica-se, então, que a intuição inicial afinal estava correcta. O vampiro é mesmo objectivamente das duas a criatura mais paneleira.



A margem é pequena mas não nos esqueçamos de que um só centímetro de piça dentro do cu é suficiente para condenar o mais viril dos homens a uma vida inteira de paneleirice. Claro, o corolário deste último aforismo é que que tanto lobisomens como vampiros são de uma paneleirice atroz, e quem disser que prefere um a outro é porque gosta de chupar picolé de piça. Seja como for, se o dito vilão capturar o leitor e o forçar a escolher, é escolher logo o lobisomem, caralho.

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

Priaprisma Fodosófico: 1


Foda: Ciência ou Arte?

Anuncia-se hic et nunc, nesta histórica postagem, a ejaculação oficial da mui antecipada rubrica O Priaprisma Fodosófico. E como sou um gajo fodido não há aula de apresentação para ninguém, começo já a dar matéria.

Antes de começar é imperativo que se faça uma advertência: se o leitor tiver batido uma punheta nos últimos dez minutos (e uso aqui a conjunção subordinativa integrante “se” como mero artifício de retórica), solicita-se que pare de ler estas linhas e que volte cá dentro de cerca de uma hora e picos, quando o stock da colhoada tiver sido devidamente reposto, porquanto tal como um carro que anda sem óleo pifa ao fim de pouco tempo, assim também não é possível interiorizar conhecimento fodosófico sem meita a lubrificar as juntas dos neurónios.

Ora, uma vez que sem método não se vai a lado nenhum, procedamos do geral para o particular. Nessa perspectiva, a questão mais genérica a colocar é sem dúvida a de se foder constitui actividade artística ou se os seus princípios básicos são científicos. A pertinência deste ponto é facilmente compreensível. É que se for arte exige talento natural e, nesse caso, quem não o tiver, esqueça. Por outro lado, se for ciência, mesmo o mais cataléptico dos amantes poderá devir martelo pneumático através da memorização e subsequente aplicação de algumas fórmulas matemáticas elementares que adeqúem devidamente o ritmo de bombadas em Hertz à pujança das pichotadas em Joules de tal modo que, tão certo como 2+2=4, a gaja acabará cada sessão de espeta-nabo aos urros de alegria abafados com as trombas enfiadas na almofada. Não poderia, pois, deixar de ser a primeira questão a ser debatida.

A melhor forma de se averiguar se a foda pertence ao âmbito do estético por oposição ao científico parece-me ser a de verificar se partilha características com outras formas de arte conhecidas. Por exemplo, é manifesto que há semelhanças com a pintura. Quantas e quantas vezes, defronte das telas virgens de faces, mamas e nádegas dispostas diante do meu pincel, não me pus a pintar coisas lindas até se me acabar o guache? E não me refiro a merdas à Pollock que isso qualquer puto de liceu deixa nas cuecas todos os dias depois de cada pívea. Falo de verdadeiro impressionismo à Monet. Por exemplo, certa vez, após vazar a bisnaga nas fuças de uma gaja manobrando a piça para cá e para lá de um modo que nunca antes tinha ela visto, perguntou-me a cadela: “Príapo, que diabo foi isso?” Ao que respondi: “Xiu, caralho. Vai mas é ver-te ao espelho. E não limpes a ranhoca das trombas que se aí a pus por algum motivo foi”. Puta obediente que era, assim fez. Diante da sua imagem reflectida, assegurou-me de que nada via de especial. Apenas a cara cheia de sumo de tomate, como sempre. Disse-lhe que se afastasse uns metros do espelho e que voltasse a olhar. Qual não foi então o seu espanto ao constatar, à distância, que o esmegma cuidadosamente espalhado pelas suas bochechas formava na perfeição a imagem da fachada da Sé de Braga em perspectiva cavaleira?

Porém, e por muito que me custe admiti-lo, tal não é suficiente para que se eleve a foda ao estatuto de arte. Isto porque a pintura só vem no fim da foda e muito do que nela há de maior interesse vem antes. Claramente, é preciso mais.

Talvez a escultura seja comparativo mais frutuoso. Durante o bombanço é possível pôr a gaja em posições tão estrambólicas que são sem dúvida candidatas a serem consideradas artísticas. Importando novamente um exemplo da experiência pessoal, recordo uma ocasião em que engatei uma contorcionista no funeral de uma trapezista que andei a foder durante uns tempos. Boa moça, a defunta. Mamas razoáveis, cu de sonho. Morreu tragicamente devido a uma tripla pirueta executada sem rede que correu mal. Era previsível, a correr riscos daqueles. No fatídico dia ligou-me do carro em vez de esperar até chegar ao circo, cheia de pressa que estava de combinar a bombada pós-laboral. Ao entrar num túnel ficou sem rede e enquanto tentava perceber se o problema era do telemóvel espetou-se de frente contra um muro. Quem assistiu diz que ainda deu três piruetas antes de afocinhar no cimento. Ao menos não sofreu, não cheguei a ter tempo de lhe dizer que nesse dia já tinha foda marcada.

Em todo o caso o fim iria inevitavelmente chegar para nós, não tínhamos uma relação muito saudável. De cada vez que me agarrava o nabo apertava-o como se fosse cair se o largasse, mais cedo ou mais tarde ia acabar por me espremer a uretra em pleno orgasmo e rebentar-me com os colhões. Mas voltemos à vaca fria (neste caso, à ex-acrobata estiraçada no caixão). Enquanto esperava pelo padre na capela, fingindo carpir amargamente, vi uma gaja sem mamas e em geral enxuta de carnes que me chamou a atenção pelo modo como espetou a peidola ao baixar-se para dar um beijinho à falecida, sem dobrar as pernas. Intrigado, perguntei à mulher barbada ao meu lado quem era aquela formidável criatura. Assim que me disse que era contorcionista fiquei de rosto mais branco que a morta - o sangue foi chamado a serviço noutras paragens. Mais tarde, por sua vez, a contorcionista disse-me que a mulher barbada afinal era a mãe da trapezista, e que de facto trabalhava no circo mas apenas na parte da contabilidade. Enfim…

É certo que o enquadramento fúnebre não se dá muito ao romance mas gajo que perde a oportunidade de foder uma trapezista e uma contorcionista na mesma semana é porque é palhaço. Sem pudores, aproximei-me do caixão e meti dois dedos de conversa com a chorosa rapariga. Antes do enterro já estava no carro a meter-lhe dois dedos na pachacha. Fomos para casa dela nesse mesmo dia e foi aí que me senti um verdadeiro escultor. Dei-lhe voltas no fodilhanço que mais davam a impressão que estava a embrulhar a piça para oferecer a alguém no Natal. Até a moral dela se contorcia, visto que era casada. E tinha um sentido de humor curioso, a puta. A dada altura pregou-me um cagaço monumental. Estava eu descansadinho da vida a aviá-la à canzana quando de repente senti um toque no ombro. Estava alguém atrás de mim a chamar-me. Quase em vias de me borrar todo com o susto olhei para trás à espera de ver o marido furioso. Quem mais poderia ser, certo? Pois é, afinal era ela. Virei-me para a frente outra vez e verifiquei que o cu dela continuava lá. “Foda-se, mas que merda é esta?”, cogitei. Cedo desisti de tentar perceber. Estava claro que a puta me estava a desafiar. "Ah, filha de um cão bexigoso", pensei para comigo, "anda cá que já te conto". Estalei os dedos, dobrei o pescoço para um lado e para o outro e deitei mãos à obra. Deixei-me de neoclassicismos e passei à escultura abstracta, sem nunca parar de lhe escachar a pôncia. Cheguei a criar algumas coisas inspiradas, modéstia aparte. Em todo o caso, não consegui infligir-lhe mais do que uma ligeira luxação. O desengonço permanente revelou-se impossível, não obstante os meus melhores esforços.

Agora, chegará isto para considerar a foda uma arte? Julgo que não. Para já porque nem toda a gente tem a sorte de andar a foder cona do Chapitô. E depois porque uma escultura é um objecto respeitável, intemporal, venerando. Dificilmente poderemos atribuir semelhantes adjectivos a toda a puta que ande para aí a foder que nem uma loba só porque aprendeu a fazer a ponte em Educação Física.

Será então a foda como a música? É um facto que há musicalidade no rimombar dos tomates em harmonia com o do tetalhal. Quiçá como o teatro? Não raras vezes me vi forçado a recorrer a técnicas avançadas de representação para convencer a gaja de que só doía a entrar. Ou será análoga aos matraquilhos? Há sem dúvida por aí muita gaja capaz de bater píveas alternadamente a vários barrotes perfilados diante de si com a mesma perícia com que um artista dos matrecos passa do guarda-redes e defesas para o meio campo e avançados. Em que ficamos, afinal?

Considerados todos os factores, verifica-se que fica sempre algo por dizer se buscarmos uma definição artística para a queca. Foder não pode ser de modo algum arte em sentido estrito, ainda que possua inegáveis elementos estéticos.

Nesse caso, será ciência? Também não. Se o fosse, os grandes génios das várias disciplinas científicas ao longo da História teriam de igual modo sido génios da foda, e verifica-se que o oposto é que é verdade. A teoria da relatividade, por exemplo, não obstante ser sem dúvida uma das grandes conquistas do intelecto humano, só tem aplicação à foda se considerarmos que a cona era coisa relativa à qual a gaita do Einstein pouco ou nada tinha a ver. Não há nenhum E=mc2 da berlaitada, cada cona é um caso e não há lei universal que se aplique a todas. No entanto, também não é coisa que seja completamente distinta da ciência. Não esqueçamos que o progresso fodangal, assim como o científico, tem na sua base o mesmo método: o da experimentação empírica. Não é possível fazer a dedução transcendental das categorias a priori da foda a partir da punheta pura. Há que foder, mesmo.

Então, em que ficamos? Como tudo o que na vida interessa, a meio. A foda é ciência na teoria e arte na prática, não apenas uma ou outra. Eis então, em poucas palavras, o primeiro fio de luz que brotou do Priaprisma: o sábio fodosófico tem um olho clínico e outro de esteta; estuda e observa enquanto penetra. Daí a designação atribuída ao sábio que adquiriu a perfeita omnisciência do pito aberto: obstetra.

Doravante será este o nosso fio condutor. O Priaprisma veiculará a sabedoria fodosófica teórica. A prática, essa, artística e experimental, caberá ao leitor desenvolver. Dito isto, está agora em condições de passar à fase seguinte na via da verdadeira obstetrícia. Assim será, na próxima edição d' O Priaprisma Fodosófico.

Fim da lição. Hora do recreio.

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

Sabedoria Fondangal para o Carnaval


É verdade, tinha uma coisa para deixar aqui ao leitor antes do Carnaval. Se não me tivesse lembrado também ninguém me dizia nada, caralho.

Pois bem, como a própria etimologia do termo indica, vamos entrar em época de chavascal de carne. Uma vez que não tenho a mínima intenção de permanecer em Lisboa rodeado de betinhas perfeitamente convencidas de que o pito que Deus lhes deu é uma espécie de penedo fendido sagrado numa versão invertida da lenda arturiana, e que somente o rapaz virgem de coração puro poderá um dia lá espetar Excaralhibur, agarrarei amanhã de manhã na trouxa de pele e partirei para terras do Além-Tejo, onde habita boa puta agrícola que bem saber quão difícil é prever tempo de seca e que por isso nunca diz que não a uma boa rega de leitaça por aspersão, tão necessária à medragem dos seus frondosos pintelhais. Ainda mais em época carnavalesca. Olha quem.

O urbano leitor, por outro lado, poderá não ter a mesma sorte, ficando como sempre agarrado ao nabo na sala a bater sarapitolas enquanto escrutina cus a abanar no Rio de Janeiro pela televisão. Mas nunca se sabe, nesta altura o metabolismo de tudo quanto é puta anda acelerado e transforma vodka-laranja em orvalho de pipi em menos tempo do que leva a dizer "escancara-me já essa merda toda". Além disso anda tudo mascarado. Esta é a época do ano em que até as velhas perdem a vergonha e abrem o leilão ao licitador forreta interessado em rata de colecção. Não é infâmia nenhuma foder pachacha desta craveira se a máscara ocultar o rosto do bicho, note-se. O que importa é não olhar para baixo pois acontece por vezes a genitália idosa e/ou com pouca habituação à pichotada engelhar e ficar com um tão pútrido aspecto que o fodilhão incauto que o faça, horrorizado pela súbita visão da sua vergasta entalada num pedaço de carne esbodegado, pode ter ganas de arrancar a caraça à putéfia para lhe tapar as peles da vulva e ver-se assim inadvertidamente confrontado com a realidade de que estivera aquele tempo todo a foder o Nosferatu. A partir daí, o mais certo é ir parar à cadeia por esgatanhar as trombas todas à octogenária na vã esperança de que fosse apenas uma gaja assim-assim que por brincadeira parva tivesse posto mais uma máscara por baixo da que saiu.

Dizia eu, seria indesculpável falta de priapismo da minha parte ir-me embora assim sem mais nem quê deixando o amanteigado leitor sem ideias para o fim-de-semana. Sim, porque isto não é só arranjar pito, baixar a cueca, sacar do marro e arrebanha que é carneiro. Imaginemos que por algum milagre dos deuses do vinho barato o leitor arranjava gaja disposta a arreganhar a tranca para uma boa foda de Carnaval. Já estou a ver o que aconteceria. Borrado de medo ante a perspectiva da gaja mudar de ideias, assim que a oportunidade surgisse era baixar logo as calças até aos joelhos e toca a aviar berlaitada na beldroega à camionista, esporrando-se todo antes ainda dos colhões lhe terem ricocheteado das nalgas pela primeira vez. Ora, isso é que não pode ser.

Deixo-vos aqui, então, 30 ideias (designação e método) que poderão experimentar se vos cair ao colo semelhante puta. É garantido que a aplicação de qualquer delas será um sucesso. Já experimentei todas, sei:

1. O Nazi: Ejecte uma esporradela entre o lábio superior e o nariz da gaja e cole lá uns pintelhos para fazer um bigodinho à Hitler.

2. O Dom Duarte Pio: O mesmo que a anterior, com mais alguns pintelhos.

3. A Manuela Ferreira Leite: Foda uma gaja chamada Manuela Ferreira.

4. O Homem-Aranha: No momento final do broche, envie a langonha para o pulso em vez do interior da boca escancarada da gaja. Depois, afaste-se cerca de 5 metros e, esticando o braço repentinamente com os dois dedinhos do meio na palma da mão, projecte a leitaça pelos ares procurando acertar no cabelo da puta, qual teia do Homem-Aranha.

5. O Don Vito Colheone: Quando tiver já a glande bem entalada entre as amígdalas da puta, enfie os dois colhões nas bochechas dela. Verá que a semelhança com o Padrinho será realmente uma coisa que enfim.

6. O Cachorro Quente Especial: Cague no meio das tetas da gaja. Subsequentemente, bata uma punheta de mamas.

7. O Telemarketing: Foda a cona a gosto. Perto do orgasmo, ligue para o telemóvel da puta. Quando ela atender, pergunte se ela já ouviu falar das novas promoções de esporra e ofereça-lhe uma amostra grátis.

8. O Bloguista: Poste o caralho na cona e no fim, comente.

9. O Alentejano: Vista uma samarra e dê-lhe com a linda rama.

10. A Catapulta: Deite a gaja de costas e dobre-a de modo a que ela fique com os joelhos ao lado das orelhas. Depois, sente-se nas pernas dela, mostrando-lhe o cu, e dê-lhe uma foda invertida. Empurre a gaita para baixo com a mão se necessário. Após esporrar dentro da cona, anuncie que é seropositivo. Ela esticará as pernas de imediato, o que causará que o fodilhão seja catapultado porta fora sem precisar de perder tempo com os incómodos beijinhos pós-coitais (importante: deixar sempre a porta aberta antes de executar, e nunca fazê-lo virado para a janela).

11. O Falso Profeta: Aplicar quando a mulher se recusa a levar no cu. Cague para dentro de um preservativo e molde-o em forma de picha, sem atar o buraco. Depois, enfie-o na cona da puta, tomando atenção para deixar a ponta do preservativo do lado de fora. Depois, puxe a ponta do preservativo com força. Se ela não tiver a cona lassa, o preservativo sairá e o cagalhão ficará lá dentro. Proceda então a foder a cona cheia de merda, como se de cu se tratasse.

12. O Católico: Broche de uma católica.

13. O Ateu: Broche de uma católica.

14. A Hóstia: No momento do orgasmo após execução de 12. ou 13., diga “o corpo de Cristo”.

15. O Luís de Matos: Quando estiver perto de se vir enquanto escacha uma gaja à canzana, retire-lhe o vergalho do bordalo e cuspa nas costas dela um bom decilitro de saliva cuidadosamente acumulado na boca no decurso da foda, simulando o orgasmo. Quando ela se virar, esporre-lhe na cara, não revelando o truque.

16. O Dragão Enraivecido: Durante o broche, quando se estiver quase a vir, puxe a cabeça da gaja pelos cabelos com força em direcção aos colhões. Ela vai engasgar-se e a esporra sair-lhe-á em jacto pelo nariz, como fogo das narinas de um dragão enraivecido.

17. O Estigma: Depois de deixar a gaja inconsciente com umas pancadas violentas na cabeça, fure-lhe a palma da mão com um picador e foda o buraco.

18. O Crocodilo: Durante a foda, agarre os braços da gaja à bruta e morda-lhe o pescoço com força, rebolando violentamente como um crocodilo com a sua presa.

19. Objectivo Lua: Só funciona após cerca de 16 horas de foda ininterrupta. Quando o caralhão ficar em chaga de tanto se esfregar em rata assada, coloque quadradinhos de papel higiénico nas zonas feridas. O barrote ficará então igual ao famoso foguetão do Tin-Tin no livro “Objectivo Lua”. Proceda a pôr a puta na posição do Milu e avie bomboca até cheirar a alho.

20. O Chouriço de Sangue: Bom broche depois de foda com o período.

21. Pezinho de Cuentrada: Enfie um pé no cu da gaja. A vantagem desta técnica é que não requer motivo.

22. A Cuna: Com a gaja de pé e de costas, arrepanhe-lhe a pele da cona em direcção ao umbigo. Isto fará com que a pele do seu cu se estique, dando-lhe a forma da cona, tornando-se então uma cuna. Esfodangue a eito sem medo ou confusão.

23. O Telhado de Vidro: Antes da foda, esconda uma superfície de vidro transparente quadrangular (tamanho A4 chega bem) debaixo da almofada. Perto do fim, deitado de costas, peça à gaja que vá lá abaixo bater uma punhetinha de cortesia para que termine vindo-se nas ventas dela. Depois do esguicho, esborrache-lhe as trombas com o pedaço de vidro usando uma mão enquanto a outra tira uma fotografia com o telemóvel. Constatará que as feições distorcidas da fêmea apanhada de surpresa com pequenos ribeiros de meita nas bochechas darão um efeito sublime. Por último, envie a imagem por MMS à mãe dela para que veja a bela merda de filha que criou.

24. A Encruzilhada: Cague no pito da gaja, mije-lhe no cu e depois foda-a às escuras. Verá que o seu Zé Caralho desejaria ter um GPS.

25. A Mal-Comportada: Foda a gaja por trás puxando-lhe as orelhas.

26. A Picha-Tripla: Com a puta de gatas, sente-se debaixo da cabeça dela na perpendicular com o seu corpo. Depois enfie-lhe um dedo da mão direita no cu e outro na cona, e um dedo da mão esquerda em cada narina, enquanto ela lhe saca um broche.

27. Bokia: Se a gaja estiver ausente, ligue-lhe e bata uma enquanto ela chupa o telemóvel.

28. O Insatisfeito: Foda a gaja à canzana enquanto assiste a pornografia online com o computador portátil em cima das costas dela.

29. O Leite Ucal: Depois de se vir no cu dela, enfie uma palhinha lá dentro e assopre.

30. O Sogro: Ligue para o pai da gaja. Quando ele atender, ponha o telemóvel em alta-voz e enfie-o na cona dela. Depois, enquanto lhe fode o cu à filha, explique em detalhe exactamente o que se está a passar (em voz suficientemente alta para que o cota ouça). Desfrute da vibração interior causada pelos gritos paternais de fúria e desapontamento.

Que a sabedoria vos seja útil, meus caros. Até para a semana.

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

Importante Anúncio


Hoje enquanto cagava tive uma experiência mística. De nalguedo acoplado à goela da sanita na pose do culturista que exibe o peitoral, murmurando promessas vãs ao Altíssimo entrecortadas por “ais que se me rebenta a ilharga”, conjurei a melhor diplomacia de diafragma que me era autorizada pelos limites do aneurisma na tentativa de persuadir a sair o pusilânime cagalhão que ora ameaçava o mergulho, pondo de fora a cabeçorra e espreitando desconfiado para a piscina de lágrimas, sangue e mijo logo abaixo, ora arrepiava caminho, temeroso, nadando em contra-corrente de regresso à companhia da família no quentinho da tripa, sem dúvida por resultar de um almoço de salmão na grelha. Foi já após ter logrado disparar o torpedo de esterco – o que fiz apenas a poder do fluxo ejector produzido na antecâmara do recto por um peido que em decibéis encontraria par apenas no estouro de um petardo num poço de elevador –, que ouvi então, para lá do zumbido nos ouvidos e da desafinada orquestra de alarmes de carro na rua, o doce murmúrio das musas da foda a incumbir-me uma missão. “Príapo”, disseram-me as pequenas entidades em tom fanhoso, adejando em redor da minha glande de mamas descobertas e nariz tapado, semelhantes a traças boazonas circundando um holofote de 500W, “transmitirás ao teu leitor a imortal sabedoria fodosófica que hás granjeado”.

Ainda tentei aproximar a mão devagarinho para não assustá-las mas desapareceram antes que pudesse sequer começar a punheta. Percorri a brumosa atmosfera com o olhar para confirmar. Não havia sinal delas. Apenas armários, um espelho, alguns frascos, uma sanita e, a boiar lá dentro, o que aparentava ser um rebite de porta-aviões. Ao contrário deste último no seu trajecto descendente pelo vale da louça, as musas haviam desaparecido sem deixar rasto.

Intrigado, gastei um rolo e meio de papel a limpar o unto da bilha, juntei tudo em espiral à volta da poia, tirei uma fotografia com o telemóvel para a colecção e saí da casa-de-banho sem puxar o autoclismo, não só porque aquilo era escultura para valer dinheiro mas também porque depois da experiência que acabara de viver não queria correr o risco de ofender as Tágides endereçando-lhes tão ímpia encomenda. “Terei alucinado?”, pensei. Teria eu sido vítima de intoxicação alimentar pós-digestiva? Ou teria realmente recebido a auspiciosa visita das miríficas criaturas, detentoras das maiores mamas mais pequenas que já vi? Despedi-me da minha avó e saí do lar, imerso em elucubrações metafísicas e mitológicas ao longo de todo o caminho de regresso a casa.

Ao cabo de longos minutos de séria excogitação enquanto esgarçava a maçaroca a ver A Lista de Schindler (por algum motivo filmes sobre o Holocausto dão-me tesão, provavelmente por ter sido uma altura em que muita gente se fodeu), convenci-me da legitimidade da visão que tive. Em primeiro lugar porque a ter sido produto de fabulação alucinogénica, o meu subconsciente não me teria feito a desfeita de suspendê-la sem que antes tivesse explodido com uma musa ou duas pelo menos, vindo-me nas suas coninhas de periquito. E em segundo, porque se a cada episódio de WC em que cagasse rico em consistência e odor fosse visitado por criaturas mágicas do reino da fantasia já teria uma colecção de doutoramentos honoris causa em Mitologia Clássica e o meu próprio programa religioso extorque-velhas na rádio Miramar. Que ninguém duvide, portanto, do meu estatuto de ditoso entre o comprovadamente existente mundo das fábulas.

Não ousando eu falhar na missão divina que me cumpre doravante desempenhar, anuncio ao leitor sem mais delongas a criação de uma nova rubrica n’O Filósofo Priapista, que designarei de Priaprisma Fodosófico. Atenção: não confundir com os prismas apanascados de que se fala em Óptica e cristalogia, que refractem a luz, decompondo-a nas bonitas cores que formam arco-íris. O Priaprisma funciona exactamente ao contrário, como se quer perante tal mariquice arromba-nalgas. Como o aspirador leitor saberá melhor do que eu, o elenco de cores do arco-íris que entra no Priaprisma pela direita na imagem acima é a mesma trupe que compõe a bandeira do orgulho gay. Por esse motivo, o calícromo jacto de luz simbolizará aqui a incipiente sabedoria da foda (se tal se lhe puder chamar) amealhada a custo na vida parca de experiência do desditoso leitor.

Não há que preocupar nem ter vergonha por tão deprimente ignorância da sua parte na filosofia das ars amandi, acalme-se quem estiver desse lado. Lá porque a sua aprendizagem dos mistérios da foda heterossexual terminou com o último episódio do Era Uma Vez a Vida não quer dizer que esteja por isso impreparado para o nível de licenciatura em que agora ingressa. Não obstante, tenho a avisar que a matéria a leccionar será inteiramente nova. Assim, como eu dizia, a paneleirice do leitor entrará como um amaricado arco-íris no Priaprisma Fodosófico e sairá do outro lado sob a forma de um jacto de luz unificado, branco, puro e viril, qual impetuosa meitadela nos óculos de uma colegial borbulhosa. Verificará o leitor que a cada pérola de sabedoria fodosófica por si angariada corresponderá um passo em frente na via que conduz à omnisciência da essência do amor. Porque na linguagem do amor, a foder é que a gente se entende.

O primeiro número desta rubrica sairá em breve. Até lá, boas punhetas. Cuidadinho é com a tendinite que isso depois é um problema.

terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

Avatar subliminar: por dentro da cona azul


Após uma ausência de cerca de três semaninhas, inteiramente justificada por motivos que saem por completo do âmbito daquelas coisas com as quais o abocanhante leitor tem alguma coisa ver, eis-me regressado à escrita priapista, para inveja da maralha masculina mediana, humedecimento pitalhal da mulherada avulsa e confusão inextricável da paneleirada com tesão no cu que não consegue decidir se quer que eu a foda ou se preferirá imaginar-se na minha pele, fazer inversão de marcha à piça e enrabar-se a si próprio. No que respeita à última hipótese não só não me oponho como recomendo. Um paneleiro de cama com uma hérnia no galho e o hemorroidal todo de fora é uma preocupação a menos que tenho no metro em hora de ponta, quando rodeado de centenas de potenciais amantes de cu peludo com precisão cirúrgica no acto de acertar no castanho do passageiro desprevenido, dotados que estão de piça com sensor busca-cocó e sempre a postos para aviar uma injecção de supositório anónima de tal modo profissional que um gajo só se dá conta de que foi encavado quando sente o suspeito corrimento de leite Ucal morno a ensopar a cueca.

Quanto a serem fodidos por mim, tenho só a dizer que apesar de ser um facto que a concavidade ergonómica das minhas virilhas já acolheu mais nalgas que um penico unissexo numa creche de pobres, também é um facto que, assim como o referido penico, nunca as minhas virilhas serviram de assento a um cu com pelos. Um vasto acervo de vídeos amadores disponível na Internet para gáudio do punheteiro leitor dá testemunho indubitável desse facto, e mesmo naqueles de imagem pouco nítida da altura em que o meu telemóvel era uma merda é possível comprovar que assim é pelo som da nalga a bater, semelhante ao do ovo a ser mexido na tigela e nunca ao do tapete a ser sacudido à janela.

Portanto, dizia eu, estou de volta, de portátil firmemente ancorado ao colinho como sempre (de modo a que não seja catapultado pelo meu zé-sempre-em-pé, espatifando-me assim a máquina de fazer minetes) por duas listas telefónicas e um buda de louça da loja do Gato Preto com umas orelhas que parecem os meus colhões quando estou com febre. E como cada segundo que passo a escrever é um segundo que não passo a esfoliar o besugo diante da russa javardoska que esta semana me brinda o ambiente de trabalho com duas mamas mais falsas que a minha pena pelo Haiti – de mamilos infelizmente tapados por duas pastas (e não me refiro a pastas do Windows) –, vou já directo ao assunto que hoje me traz por cá.

Ora bem, tal como toda a gente, fui ver o Avatar ao cinema. De início ainda fiquei na dúvida se devia ir ou não, pareceu-me mariquice pendurar aqueles óculos nas trombas. Depois é que me ocorreu que fazem lembrar os que o José Cid usa e, nessa medida, sendo este último inimigo declarado de tudo o que é artífice da panela, lá fui assistir de consciência tranquila.

Comecei por não desgostar. Quando a puta azul apareceu aos saltos de cu ao léu a falar estrangeiro senti as veias laterais do mastro a latejar de gozo como não acontecia desde que vi o Música no Coração (pelo menos até me ter apercebido de que os nazis afinal não iam distribuir uma merecida arroba de caralho pelos orifícios de toda a família von Trapp aos dois de cada vez). E como em tempo de crise nada se estraga aproveitei até para esmoer as pipocas batendo uma valente sarapitola, imaginando-me a pintar de branco a testa azul da gaja gigante, chamar-lhe Meytiri só para enxovalhar e a limpar o pingo do tarolo às sementinhas sagradas flutuantes. Foi só depois de já ter enviado o esguicho para a carapinha do preto sentado no banco da frente que a mensagem a ser transmitida subliminarmente no filme me surgiu diante dos olhos com toda a clareza do dia. Com o susto da gravíssima constatação, o latejar das veias cessou de imediato e a rigidez do bastil desceu do nível do diamantino ao do meramente pedregoso.

Sendo certo que o idiota leitor não terá tido presença de espírito para gozar de semelhante epifania – ocupado que estava a chorar que nem um menino casapiano que ouve o som dos passos no corredor a aproximar-se a meio da noite, dado estar tomado de uma enorme tristeza ante a invasão de Pandora na qual os humanos, movidos apenas pela ganância, danificaram ligeiramente a flora local sem piedade –, farei então o favor de denunciar a berlaitada mental a que estão sujeitos todos o que foram ao cinema ver este filme, e que à primeira vista não tem qualquer tipo de efeito nefasto nas cabeças dos desavisados espectadores (excepção feita ao preto que ficou com gosma no cabelo).

A verdade é que a malta “verde” de Hollywood não é tão idiota como pensei. O documentário do Al Gore sobre a fragilidade do planeta deu que falar mas já foi votado ao esquecimento eterno. O próprio di Caprio fez um do género também, esforçando-se por reunir as opiniões dos mais reputados astrólogos e videntes índios num DVD de hora e meia de pura ficção científica cujo único aspecto verde que chamou a atenção do público foi o preço, no caso daqueles que se perderam na Fnac e foram dar à umbrosa secção dos filmes de merda que nunca passaram pelo piso dos cinemas. Toda a gente cagou para ele também, assim como para toda a conversa sobre a necessidade de se evitar que o planeta se torne ligeiramente mais quente pois tal situação, a verificar-se, implicaria um declínio drástico na qualidade de vida não só dos ursos polares como também das salamandras asiáticas.

Porém, as coisas mudaram. Os produtores e realizadores de hoje aprenderam com os erros passados dos de ontem. Perceberam que ninguém gosta nem liga a lições de moral. Então, numa jogada do mais insidioso que pode haver, fizeram o Avatar. A mensagem mudou por completo. Já não é “salvem o planeta se não quiserem morrer”. Agora é “salvem o planeta se quiserem foder”. E desculpem lá, meus amigos, mas com foda não se brinca.

Há dúvidas? Considere-se o personagem principal. Vive na Terra do futuro, que mais não é do que uma insubtil metáfora da vida urbana na sociedade contemporânea, onde tudo é artificial. E que é ele nesse mundo? Um deprimente paraplégico com piça só para enfeitar e colhões de saco roto. Perante o seu drama, o espectador caixa-de-óculos a sorrir feito parvo no cinema de mão dada com o namorado regozija-se com as admiráveis coragem e perseverança do aleijadinho. Imerso na sua paneleira felicidade nem se dá conta de que, de acordo com a metáfora do filme, o aleijadinho é ele.

De repente, eis que o protagonista se torna tão amigo das plantas e animais que fica azul (verde dava demasiado nas vistas). Assim que o faz, é certinho: orienta-se logo com cona nativa. Já não é o aleijadinho humano de outrora. Apesar de ter perdido os privilégios de estacionamento agora a vida corre que é uma maravilha, sempre repleta de emoção e aventura num novo mundo onde tudo é tão puro e natural que até enjoa. Um belo dia, tanso que nunca deixa de ser, lembra-se de contar à namorada aborígene o real motivo da sua visita: é um espião do mundo da tecnologia que foi lá não só para a foder a ela mas também toda a sua família e pegar-lhe fogo à casa. Inevitavelmente, levou a proverbial tampa. A cona, coisa pura e natural, não quer ter nada a ver com tecnologia - ou pelo menos tecnologia que não vibre. Agora pergunto ao leitor que assistiu a esta comovente cena choramingando e assoando-se ao lencinho com as iniciais bordadas em ponto-cruz pela sua mãe: que lição deve retirar disto enquanto vê o seu filminho a três dimensões com som Dolby Digital em ecrã panorâmico?

Como se isso não bastasse, para humilhar um gajo ainda mais, fizeram a gaja gigante! Ou seja, mesmo admitindo que estivesse disposta a arreganhar a pachacha para levar uma foda de marsapo humano, qualquer tentativa de dar uma queca naquilo (ainda que o dito tarolo gozasse de proporções priapísticas) seria comparável à de tentar foder o buraco de uma máquina de lavar roupa. Aí sim, é que era de choramingar.

Conversamente, as gajas que vêem o filme estão inconscientemente a receber a mesma mensagem (invertida) e, sem se aperceberem disso, saem do cinema convencidas da lógica de que se um gajo recicla é porque tem uma piça descomunal. A partir desse momento, é vê-las de perna aberta, simulando um Esporrão a juntar ao Vidrão e ao Papelão.

Pois bem, estou aqui para dizer que a mim não enganam e que não tenho medo de terrorismo conal de espécie alguma. Tal como todo o homem digno desse nome, estou-me positivamente a cagar para a natureza. E digo mais: se tivesse sido eu a mandar nas tropas invasoras do filme não me tinha ficado por aniquilar a arvorezinha sagrada. Tinha terraplanado a merda do planeta todo, feito um centro comercial e no fim era chegar aos sobreviventes da tribo azul, toma lá um chapeuzinho do McDonald’s, um avental e toca a espalmar a fauna mítica para fazer hambúrgueres.

Há uma lição a retirar do filme, sim, por trás da lição subliminar que nos impingem. A de que a mulher é de facto como a natureza: por algum motivo sentimo-nos bem lá dentro mas na maioria dos casos só serve para nos chatear os cornos por não lhe darmos mais atenção. Mas não se esqueçam, putas do caralho, há-de haver um dia em que tudo o que o mundo natural providencia terá um equivalente artificial. Isto inclui a tecnologia da cona a pilhas que está cada vez mais avançada. Um dia em que inventem um material que não arranhe o nabo no esfreganço acaba-se a natureza e acaba-se a paciência para aturar as vossas merdas de uma só vez. Até porque a gaja azul do filme é boa mas não é assim tão boa. Um broche com aqueles dentinhos não deve andar longe da sensação de se ter o castor da Dentagard a roer-nos o madeiro - e puta que não faz broches de jeito não presta, que nem só de cu e cona vive um homem.

Quanto aos animaizinhos, caguei para todos os que não estejam no Jardim Zoológico a servir de alvo para o arremesso de pedrinhas e amendoins. De qualquer modo não têm outra utilidade real que não a de fornecer inspiração para o fabrico de peluches, oferecidos de surpresa de modo a que quando a gaja que o receber fizer o inevitável “ooon ton fofinhuuuu” se aproveite o momento para se lhe enfiar o chouriço na beiça ovalizada que a elocução do enervante som exige.

Sei que não parece meu mas por tudo isto aconselho o leitor a não retirar inspiração punhetística da gaja do Avatar. Em alternativa, se realmente for apreciador de cona azul mas não lhe apetecer estrafegar uma puta do Martim Moniz para consegui-la, sugiro que volte aos livrinhos dos seus tempos de infância e esgalhe o nabo galando a Estrumpfina. Parecendo que não, também era bem aviada naquela senisga com um belo mastro entesado. E, ao contrário da puta do Avatar, sendo fofa e anã, podem crer que lhe faria doer e em não pequena medida.

segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

Haiti e a Profecia Priapista


Aviso já quem estiver desse lado que hoje estou aqui para falar de um assunto sério. É raro acontecer mas a gravidade da situação exige-o. Não me refiro a situações genéricas como a irresolúvel oscilação entre o paneleiro e o pedófilo quando uma repetente do nono ano com tetas de matrona e mamilos de omeleta pergunta ao macho digno desse nome se pode servir-se da sua gaita como sucedâneo durante o difícil período de desmame entre a idade da chupeta e a idade de votar. Tão-pouco falo de casos como o do jovem enamorado incauto que rebentou as poupanças todas num exótico jantar oriental - na esperança do suborno lhe valer uma noite a rasgar à tarolada o embrulho da membrana pós-vulvar da virgem alarve que no fim do enfardanço ainda pediu a sobremesa mais cara do restaurante -, apenas para descobrir, já todo nu dentro do carro, que o hímen da gorda (o nobre mas frágil samurai que guarda o canal uterino), incapaz de aceitar a desonra da iminente derrota sob o ímpeto esfodaçante do general Picha, seus dois couraçados de pele e exército de pintelhos, decidiu cometer hara-kiri mesmo para cima dos estofos recém-aspirados de acordo com a tradição ancestral e mens(tru)al que já vem dos tempos da primeira cona em bico.

Não. Refiro-me muito em específico à recente piadinha divina de mau gosto de um qualquer deus menor que decidiu assustar os amigos abanando o Haiti, do mesmo modo que o comum mortal abana a mesa com os joelhos durante um jantar familiar dando a entender aos comensais que está a haver um terramoto, causando assim um AVC à minha tia Rosa. Repare-se que não pretendo pôr-me aqui a pontificar sobre a necessidade de se prestar auxílio rápido a quem neste momento algures em terras haitianas habita a cave de um edifício que antes do terramoto não a tinha, ou sequer repisar a lengalenga do terrível sofrimento vivido pelas mães que de súbito viram o seu número de filhos descer para os dois dígitos. Não. Estou aqui na qualidade de profeta. Venho avisar o punheteiro leitor que o pior está para vir e que vai calhar a todos. Quer os argumentistas hollywoodescos tenham razão e o mundo vá acabar em 2012 como previram os Maias, quer seja eu quem tem razão e esses mesmos argumentistas tenham percebido mal a mensagem quando foram contactados pelos seus “eus” futuros, sobreviventes da grande catástrofe global de 2010, que viajaram do ano de 2012 até aos nossos dias para lhes darem a informação de que o mundo vai acabar já em Maio, o que é certo é que o fim está próximo.

O típico profeta de colhões rotos, obviamente, diria que vamos todos morrer num terramoto mundial que vai foder esta merda toda. Contudo, possuindo eu um saco escrotal hermeticamente fechado, com rugas mas sem fugas, pretendo deixar-vos hoje uma profecia muito mais rebuscada mas também muito mais plausível, que daqui a um século e picos sem dúvida fará merecer a inauguração da Escola Secundária C+S Príapo, recheada de pitas mamalhudas com pêlo de pêssego na regueifa repetente, e na transformação do Priapismo em doutrina religiosa, tendo essas mesmas pitas de comungar aos Domingos de manhã na miça (i.e. missa da piça), dissolvendo a hóstia em forma de caralho na língua em memória de mim, cerimónia antes da qual o padre beberá o leitinho milagrosamente transubstanciado na minha esporra divina, simbolizando a paneleirice que é andar vestido assim em público. A que profecia me refiro? Para sabê-lo, o leitor com a escolaridade mínima terá de saber a resposta à seguinte questão: que apocalíptico acontecimento futuro é prenunciado por a) uma catástrofe no Haiti; b) um mini-terramoto a 180km da costa portuguesa; e c) um modelo matemático construído por dois ou três estudantes universitários de matemática do Canadá, fartos até à virgindade de construírem modelos matemáticos?

Adivinhando já que, tal como as estrofes da proposição d’Os Lusíadas e conas que não sejam coagidas pela força a escancararem-se, a questão será absolutamente impenetrável para o leitor, farei algo a que estará sem dúvida habituado desde o início da sua curta carreira académica: dar-lhe-ei explicações.

É óbvio que um terramoto à escala global estará associado ao apocalipse que se avizinha. Qualquer profeta que se preze tem sempre de incluir uma catástrofe natural na profecia que apresenta, e eu não serei excepção. O que eu nego é que seja essa a componente apocalíptica do apocalipse. Comecemos por analisar a): a actual situação no Haiti. É terrível, uma tragédia, sim, todos o sabemos, mas também é um facto que a taxa de fertilidade do Haiti é a maior de todo o hemisfério Ocidental. Ou seja, é mau mas a longo prazo não é grave. Se um casal de idosos ficou soterrado nos escombros do arranha-céus haitiano de quatro andares em que habitava e ainda não foi encontrado, podem acreditar que quando forem resgatados serão já pais de cinco filhos com dois netos a caminho. O Haiti é uma das maiores potências mundiais da foda desprotegida, não há como negá-lo. O que é importante, digo-vos, não é a quantidade de mortos. A ajuda humanitária pode tardar mas o trabalho de reposição de stock demográfico já vai neste momento bem adiantado. Desconfio até que terá sido esse mesmo trabalho incessante que causou o terramoto. O que me arrepia a pintelheira toda até parecer uma gata assanhada com um caralho na testa é o que vai acontecer agora aos que estão mortos. Isto porque o Haiti, além de ser conhecido por ser terra onde pachacha e mangalho raramente andam separados, é-o também por ser o único local do mundo onde ainda se produzem zombies de pleno direito. Literalmente de pleno direito - descobri recentemente que o artigo 249 do Código Penal Haitiano criminaliza de modo bastante claro todo o acto zombificante como se fosse homicídio. Confesso que não deixei de achar isto por demais interessante. Não fazia ideia de que havia leis no Haiti, sempre pensei que a pretalhada resolvesse tudo à base da chapada. Lá está, se alguém algures aprendeu alguma coisa no meio desta desgraça toda é porque a catástrofe não foi total. Priapismo também é optimismo.

Até agora a gravidade da zombificação tem sido pouco mais do que moral. Era um zombie aqui e outro ali, nada de especialmente perigoso. Mas e agora que há dezenas de milhares de cadáveres fresquinhos prontos a erguerem-se da vala comum? “Ah, Príapo”, alvitra o brochista leitor, “vai mas é para o caralho mais as tuas teorias de merda, que zombies a sério não existem”. Em primeiro lugar, quem vai para o caralho és tu mais a puta da tua avó que se ainda não estiver enterrada há-de estar mais morta que viva e logo aí o teu raciocínio é enrabado com dois marsapos africanos. Segundo, a revolta dos mortos-vivos no Haiti, longe de ser pura especulação priapista, já começou. Os noticiários online dizem-no todos os dias para quem quiser ler: “up to 200.000 feared dead”. Traduzindo para o leitor que nunca teve positiva a Inglês na vida, há neste momento no Haiti "para cima de 200.000 temíveis mortos". Os cadáveres enfurecidos e entesoados de milhares de haitianos em busca de foda e massa encefálica caminham já sobre as terras caribenhas. Se o leitor com cara de cu lá estivesse neste momento correria o risco muito real de ser enrabado na boca.

“E porque é que nos havemos de preocupar com isso se eles estão lá e nós estamos cá?”, replicará o leitor, como quem pede uma sandocha de punho. Será preciso mencionar que há gente de praticamente todos os países ocidentais a ir para lá neste preciso momento (incluindo Portugal), desde jornalistas, médicos e soldados a turistas sem televisão? E se aquela merda se pega, quem é que se vai foder quando eles voltarem para casa, diz lá? Pois é, és tu, seu paneleiro. Quando tiveres um enviado especial da RTP a mascar-te o hipotálamo enquanto te entrevista os cagalhões com um microfone de piça lembra-te bem de quem te avisou.

E antes que me chateie passo a referir o supramencionado ponto c). No ano passado, alguns estudantes de matemática do Canadá que nem para minete conseguiam arranjar xoxota voluntária fizeram um estudo que à primeira vista parece panasca mas que até nem é. O que fizeram foi colocarem a si próprios duas questões. Primeiro, “o que aconteceria se pegássemos num modelo matemático para previsão da progressão de uma doença infecciosa numa dada população de humanos, e imaginarmos que os infectados se tornavam zombies depois de morrerem?”; e segundo, “será que todo o pito cheira ao mesmo que as cuecas da minha mãe?”. A segunda questão é meramente académica, sendo óbvio que as condições necessárias para a comprovação empírica da hipótese nunca estarão reunidas. A primeira, por outro lado, ofereceu um resultado interessante: numa população de 500.000 habitantes, o número de infectados (zombies) ultrapassaria o número de não-infectados no espaço de três dias. Isto, claro, se não fossem tomadas medidas zombicidas imediatas e brutalmente drásticas. E não estou a falar de pôr mija-mijas de alcoól nos elevadores para besuntarem os calos das mãozinhas, ou encherem a dobra do braço ranhoca de cada vez que espirrarem. Estou a dizer que em tempos de perigo generalizado de contágio com o vírus zombificante, se a vossa rica mãezinha se espreguiçar de maneira esquisita uma manhã é rachar-lhe logo os cornos em dois com um machado de bombeiro sem dizer "bom dia" ou "faz-me já o pequeno-almoço, puta", para não correr riscos.

Recordo agora o ponto b). Portugal teve sorte, fomos avisados cedo e ao de leve. Esta merda tremeu toda mas o mais grave que aconteceu foi a colecção de dildos do amigo leitor ter caído da prateleira, ficando fora de ordem. Mas tal como o viajante exausto que pára numa plantação de caralhos para descansar após uma longa caminhada, não podemos simplesmente sentar-nos e esperar que nada aconteça. Proponho, então, a criação imediata da primeira Brigada Anti-Zombie portuguesa (a BRAZ), para que quando o apocalipse dos mortos-vivos rebentar em terras lusas estejamos preparados em vez de ficarmos barricados em casa a perguntar-nos se cada punheta será a última, enquanto lá fora o mundo acaba e cá dentro o stock de pornografia fresca se vai esgotando aos poucos.

Se eu estiver enganado e nada acontecer também não há azar. Que se foda, invadimos Espanha e usurpamos o Governo. Nem precisamos de mudar o acrónimo nem nada, muda-se só “Anti-Zombie” para “Anti-Zapatero”.

De maneira que é isto. Quem está comigo?

domingo, 17 de janeiro de 2010

Assembleia em Festa


Artista convidado:
Dr. Pakito, mui Ilustre Advogado


No dia 8 de Janeiro de 2010 houve festa na Assembleia da República para toda a gente. Refiro-me, claro, à aprovação do casamento homossexual. Mas a festa não acabou nesse dia, julgo até que irá durar por muito tempo. O que é bom, pois o que faz falta a este país são mais festas. De facto, se mais pessoas andarem alegres menos andarão tristes. É uma lógica do caralho mas é lógica e por isso parem de pensar que é uma lógica da treta, porque mesmo assim será lógica.

Pergunta o caro leitor: como pode ter havido festa para toda a gente se há pessoas que são contra o casamento gay? Antes de mais, de ora em diante vou usar a expressão casamento gay em vez de casamento homossexual. Em primeiro lugar, porque a origem desta palavra inglesa significa alegre e o que se quer num casamento é alegria, e, em segundo lugar, porque está em sintonia com o título deste post. Quem achar que isso discrimina as lésbicas, que vá levar no cu... É para ser um insulto mas se acharem que até é um elogio recebem-no de braços abertos. Ou será melhor de pernas abertas?! Mas estou a afastar-me do que vos queria transmitir.

Como atrás referi, no dia 8 de Janeiro houve uma grande festa. Quando num local estão reunidos 230 palhaços isso só pode significar festarola das grandes, não há margem para dúvidas. Nem sei como aquilo no final não descambou em orgia... É certo que não seria bonito de ver, atendendo aos protagonistas, mas mesmo assim, seria o acontecimento do ano. Mas não estavam lá só palhaços. Podiamos ver homens e mulheres todos aperaltados com os seus melhores fatos e vestidos. É verdade. Havia mulheres com belos smokings e homens com extravagantes vestidos Dior em saltos de agulha. Um verdadeiro espectáculo! Também não faltava o champagne e de certeza que durante a noite houve ainda mais abertura de champagne para festejar o acontecimento, se é que me entendem... Mas os heterossexuais também festejaram, perguntam vocês? Então não haviam de festejar, respondo eu! Estou mesmo a imaginar o que aconteceu: grupos de homens heterossexuais deslocaram-se à Assembleia da República para, de punho erguido no ar, contestarem a aprovação do casamento gay, e no final, acabaram, de certeza, de punho em baixo a baterem umas belas punhetas depois de terem visto resmas de lésbicas aos melos! E aquelas beatas que para aquele local também se deslocaram com o mesmo propósito, depois de verem tanta luxúria no ar, concerteza se recordaram de que a “masturbação não fica só pela palma da mão”. Só espero que tenham todos e todas usado as casas de banho da Assembleia. Não nos esqueçamos também que, a existência de lésbicas e gays só é benéfica para os hetero. Senão vejamos:

1 – É do senso comum que os gays são sempre gajos bonitos e bem aprumados (tomemos o exemplo do Ricky Martin), pelo que, quanto mais depressa aqueles se assumirem, melhor para nós, hetero, que, veremos aumentar exponencialmente a possibilidade de esfodaçarmos aquelas gajas de beleza virginal, cuja única coisa que meteram na boca e no cu foi um termómetro.

2 – Relativamente às lésbicas, nem vale a pena gastar o meu latim para vos tentar convencer que uma bela roda de gajas a lamberem-se umas às outras, como gatas no cio, é um espectáculo a não perder. E quem sabe se, no meio do deboche, não se perde um dildo e vocês tenham a sorte de serem chamados para darem uso ao vosso?! Por muita sensibilidade que tenham as línguas das lésbicas, nenhuma diz não a um bom tarolo na cona e no cu.

Se o caro leitor ainda acha que o casamento gay é contra-natura, lembre-se que os homens hetero são em parte gays, porque todos gostam de ir ao cu. E, se a cara leitora está chocada com a linguagem, e também acha que este modo de vida é pecado, apenas lhe digo o seguinte: deixe isso para o dia do juizo final e vá se foder ou foder enquanto pode.